Um noite dessas meus netos estavam em casa e eu preparava alguma coisa para comermos, quando faltou luz. Acabou a TV, caiu a internet e no início foi aquela choradeira. Os mais novos pelo susto, os mais velhos pela interrupção do programa, do videogame, do whatsapp. Acalmados os ânimos, fomos buscar fósforos, e acendemos juntos todas as velas e castiças da casa.
Juntei a turma na varanda, iluminada por várias lanternas de vidro, que protegiam as chamas do vento. Contei para as netas menores que, na época das princesas, era assim que se iluminavam os castelos e elas começaram a se sentir mais seguras. No silêncio que se formou, sem os ruídos habituais da vizinhança, ouvimos as cigarras e grilos da noite de verão. Reparamos na lua, quase cheia, que clareava bastante as arvores e ruas lá embaixo.
Os mais velhos lembraram de histórias de acampamento, a neta adolescente puxou o violão, cantamos, conversamos, rimos. Servi o lanche ali mesmo, e depois, cansados e relaxados, fomos dormir. Acabou sendo um momento muito gostoso esse, desconectados do mundo moderno, e um exemplo de que sempre dá para tirar alguma coisa boa das dificuldades que a gente enfrenta na vida. Dos limões, fizemos uma linda limonada, como diz o ditado.
Nestes tempos de eletricidade instável, vale a pena aproveitar para viver sua casa de um jeito diferente, com lanternas decorativas e os castiçais mais lindos. Capriche na decoração, junte algumas flores. Quem sabe um dia de semana normal vira um romântico jantar à luz de velas?
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